Desde esta segunda, dia 15.01.2024, o bullying e o cyberbulling estão incluídos como crime no Código Penal Brasileiro. Para saber mais sobre a lei acesse https://www.educarparasergrande.com.br/2024/01/15/bullying-e-cyberbullying-sao-incluidos-no-codigo-penal-brasileiro/ .
Na prática, o que isso significa? Como as escolas podem usar essa informação para promover a prevenção e o combate ao bullying, fomentando a cultura de paz no ambiente escolar?
Nada menos que 40% dos estudantes brasileiros admitem ter sofrido bullying, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), do IBGE, divulgada em julho do ano passado.
Além disso, o Brasil está entre os países com maiores índices de violência escolar, sobretudo pelo bullying e cyberbullying, o que reforça não só a necessidade da criminalização da prática, como ocorreu ontem, mas com o desenvolvimento de ações que conscientizem crianças, jovens e pais sobre os impactos desse tipo de violência na vida das vítimas.
E como o bullying e o cyberbullying geram impactos negativos ao ambiente escolar, ao estudante que sofre a violência, e ao processo de ensino e aprendizagem? Vamos recapitular:
Impacto emocional: Vítimas de bullying e cyberbullying estão sujeitas a desenvolver problemas emocionais, como ansiedade, depressão, baixa autoestima, insegurança e, em casos extremos, até mesmo pensamentos suicidas.
Prejuízo à saúde mental: O bullying e o ciberbullying podem causar danos significativos à saúde mental, como os citados no item impacto emocional, prejudicando a capacidade de concentração e aprendizado.
Declínio no desempenho acadêmico: Vítimas de bullying e cyberbullying experimentam declínio no desempenho acadêmico. O medo de ir à escola, a falta de concentração, a ansiedade, o estado de constante alerta e o estresse emocional podem interferir na capacidade de aprender e realizar tarefas escolares.
Baixa participação em aula: Vítimas de bullying e cyberbullying costumam se retrair socialmente, evitando participar das aulas e de atividades escolares e interagir com os colegas e professores. Isso leva ao isolamento social e afeta o desenvolvimento social e emocional.
Desenvolvimento de comportamentos prejudiciais: Vítimas de bullying e cyberbullying ficam sujeitas a desenvolver comportamentos prejudiciais como mecanismo de enfrentamento. Entre esses comportamentos estão a adoção de uso de substâncias ilícitas ou medicamentos sem acompanhamento médico ou agressividade, agravando ainda mais os problemas.
Ambiente escolar com clima negativo: O bullying e o cyberbullying geram um clima escolar negativo, no qual o medo e a intimidação prevalecem. Isso afeta não apenas as vítimas, mas também o ambiente como um todo, prejudicando o senso de segurança e comunidade na escola.
Evasão escolar: Estudantes que sofrem bullying e cyberbullying podem sentir que a única maneira de escapar da situação é abandonando a escola. Podem perder o interesse pelas aulas e pela aprendizagem. O ambiente hostil, em geral, desmotiva os alunos a buscarem o conhecimento.
Falando especificamente do cyberbullying, que ocorre online, também amplia esses impactos, pois as vítimas são alvo constante da violência ainda que estejam fora do ambiente escolar tradicional.
A lei que coloca o bullying e o cyberbullying na posição de crime pode ser usada pelas escolas como ponto de partida para adoção de um conjunto de ações, transversais a todas as disciplinas, além de atividades extras, em busca da construção da cultura de paz.
Todos os players do ambiente escolar devem ser envolvidos como o objetivo de formar cidadãos conscientes e comprometidos com uma escola, comunidade e societade pacíficas, nas quais imperem valores como tolerância, respeito, colaboração, empatia e amorosidade, a fim de transformar cada estabelecimento de ensino um local no qual estudanetes, funcionários, professores e gestores sintam-se confortáveis, acolhidos e seguros, como deve ser.
Para evitar o desenvolvimento do bullying e do cyberbulluing é necessário antes, identificar seu surgimento no ambiente escolar.
Confira o vídeo abaixo e saiba como essa violência pode se manifestar dentro das escolas:
No próximo post, traremos detalhes sobre algumas ações que podem ser desenvolvidas pelas instituições de ensino, a fim de gerar um protocolo de contenção, prevenção e construção de uma cultura de paz no ambiente escolar, envolvendo desde os alunos e professores, até gestores, funcionários e pais.
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