O assassinato de uma professora e outras quatro pessoas feridas no finalzinho do mês passado, em São Paulo, por um aluno de 13 anos, e o ataque à uma creche, que vitimou fatalmente quatro crianças, em Blumenau, neste início de abril, reabre uma discussão antiga: a da violência escolar, suas causas e formas de prevenção.
O Brasil tem histórico elevado de violência dentro das escolas, com agressão a docentes e de bullying e agressões físicas e verbais, sem falar no cyberbullying, entre estudantes das mais diversas faixas etárias e posições sociais.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o Brasil está entre os países com os mais altos índices do mundo no ranking das agressões contra professores.
Além disso, a OCDE garante que as escolas brasileiras têm o ambiente mais propício ao bullying e à intimidação do que a média internacional. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico entrevistou, em 2019, 250 mil professores e líderes escolares de 48 países ou regiões, para tirar essa conclusão.
Quando se fala em situações de intimidação, 28% dos diretores escolares brasileiros relataram ter testemunhado situações de intimidação ou bullying entre alunos, o dobro da média no planeta. Por semana, 10% das escolas brasileiras pesquisadas registram episódios de intimidação ou abuso verbal contra educadores, enquanto a média internacional é de 3%.
A OCDE também atestou que a agressividade está “normalizada” em nosso país, impactando negativamente o aprendizado.
Para muitos pesquisadores, entre os motivos do aumento da violência escolar estão o isolamento social, gerado pela pandemia de Covid-19; a imersão nas redes sociais, sem a orientação sobre como utilizá-la de forma intencional e com conhecimento; a polarização e o aumento dos discursos de ódio e de preconceito dentro e fora das redes sociais; a exposição à violência em casa ou na rua, e por aí vai…
Mas, independentemente das causas, como proceder para reverter o quadro? Afinal, a escola deveria ser o lugar de paz, tranquilidade, empatia, alegria e de construção de conhecimento.
Sobre esse caminho, o da prevenção à violência escolar, Sandhra Cabral, jornalista, educadora e editora do portal Educar para Ser Grande, conversa com Dirceu Moreira, psicólogo, pedagogo, palestrante, especialista em Psicologia das Relações Humanas e autor do livro :Transtorno do Assédio Moral – Bullying – a violência silenciosa”.
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