Se educar uma criança ou adolescente, preparando-os para a vida é uma das metas atuais da educação que leva em conta o desenvolvimento das competências e habilidades para o século XXI propostas, por exemplo, pela BNCC e pelo novo currículo do ensino médio, ter a capacidade de solucionar problemas talvez esteja no topo da lista.
Desistir não é alternativa para o ambiente escolar e nem para a rotina da vida, do trabalho, dos relacionamentos. Assim sendo, aprender a enfrentar e solucionar desafios é preciso!
Há passos a serem dados sempre que um obstáculo ou desafio – comumente chamados de problema – surgem no meio do caminho. E ele aparece na rotina do desempenho de nossa profissão, do trabalho em equipe, da produção de uma atividade individual na escola e por aí vai…
A forma como lidamos com ele é que faz a diferença.
Então o que ensinar, se os desafios podem ser muito diferentes e surgirem em etapas diversas da vida, não apenas na acadêmica?
Simples: há o “passo a passo” básico sobre como agir.
Quando o desafio (problema ou obstáculo) se apresenta, a primeira reação é o desânimo, chateação, às vezes raiva ou frustração. Pois bem, primeiro passo: aceitar que há um problema. Concordo, não é fácil, é ruim, a sensação nunca é boa…
Essa aceitação passa por compreender que é preciso agir com calma, sem desistir ou jogar tudo para o alto. É necessário lidar com a frustração de que o planejado na teoria não funciona exatamente como se pensou na hora que o projeto vai para a prática. Ou que o projeto tem falhas. E tudo bem. De início, esse sentimento é válido e bem trabalhado pode gerar novo impulso, novo ânimo.
Aceito o problema, o segundo passo é, certamente, buscar a causa: o que o gerou; por que não está dando certo como o programado?
A partir daí, a ideia é tentar responder a essas e outras questões que irão surgir, e refletir sobre todas as outras possibilidades de dar continuidade ao que foi planejado ou é proposto de forma ampla e com olhar minucioso.
Dentre as possibilidades de solução do desafio, sempre há uma mais adequada e que pode ser adotada de forma racional e, ao mesmo tempo, criativa. Sim, a criatividade é a mãe de todas as soluções de problemas e de todas as novas invenções.
Optou-se por um novo caminho a seguir, então mãos à obra. Recuperar o ânimo e a confiança na nova possibilidade é de extrema importância, assim como reunir forças e, se for o caso, a equipe, para restabelecer a alegria em prosseguir o projeto ou trabalho.
No tempo em que a aceitação do problema está em andamento e no qual as novas possibilidades de resolução do mesmo estão sendo levantadas e estudadas, habilidades como observação, rever o trajeto e os conceitos adotados, aprender a lidar com a frustração, produzir argumentação para expor as ideias, raciocínio lógico, criatividade, escuta-ativa para as falas dos demais integrantes da equipe e busca de um denominador comum por meio de comunicação não-violenta e assertiva necessariamente precisarão ser desenvolvidas.
Apresentar esse passo a passo aos nossos estudantes quando os desafios se apresentarem (seja em que ocasião for), auxiliando-os nas tomadas de decisões irá prepará-los para os desafios das próximas etapas da educação formal deles, bem como para sua vida profissional, pessoal e forma como se relacionam com os demais. Irá prepará-los, principalmente, sobre como devem encarar os problemas quando surgirem.
Frustrações, desafios, momentos de desânimo e até de raiva poderão e irão ocorrer na vida de qualquer pessoa, em qualquer faixa etária. A forma como reconhecemos esses sentimentos e lidamos com eles é que faz a diferença e move os vencedores. Desenvolver a capacidade de lidar com as frustrações de forma positiva ao invés de paralisar irá fazer a criança, adolescente ou adulto mover-se.
Sendo assim, que tal acrescentar esses ensinamentos durante os trabalhos em equipe na escola? Ao longo da produção proposta por um projeto integrado? Ou ainda, por meio de produções educomunicativas?
Para mais informações contate-nos: sandhra@educarparasergrande.com.br